Tradicionalmente esvaziada e dedicada a discursos voltados às bases eleitorais, a sessão do plenário do Senado nesta segunda-feira (7) foi palco para discussões inflamadas entre senadores da oposição e da base aliada do governo. O debate girou em torno da operação Lava Jato, a última ação da Polícia Federal que teve como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira (4), e levou os paraibanos Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Lindbergh Farias (PT-RJ) ao confronto verbal. Ouça:
Lindbergh disse que o PT tem dado instruções para se evitar confrontos entre os defensores e contrários ao governo quando disse que há grupos fascistas que estão se aliando ao PSDB. “É só as pessoas entrarem nas redes sociais para ver. Há grupelhos fascistas que estão juntos fazendo alianças com setores do PSDB”, disse.
Ele ainda acusou os tucanos de fazerem aliança com o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), defensor da ditadura militar e conhecido por posturas truculentas em relação ao governo.
O senador Cássio Cunha Lima (PB), líder do PSDB na Casa, retrucou: “E Vossa Excelência é colado com Collor [senador Fernando Collor, PTB-AL]. O PSDB não tem compromisso com Bolsonaro nem tem nenhum movimento fascista”. Lindbergh respondeu. “Vossa Excelência está mentindo”, disse.
O tucano se irritou mais. “Respeite quem lutou pela democracia. Fascista? Fascista é a puta que pariu”, disse já fora do microfone. Após a briga, os senadores concordaram em tirar o termo das notas taquigráficas, que fazem o registro oficial da sessão.
Política&etc com Folha
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