O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima; o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues e o ex-prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, aparecem na lista da Odebrecht divulgada nesta quarta-feira (23), pelo jornalista Fernando Rodrigues, do jornal Folha de São Paulo. Os três comentaram o tema. Veja:
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O senador Cássio Cunha Lima divulgou um vídeo nas redes sociais.
ASSESSORIA DE ROMERO
Romero não reconhece seu nome em lista da Odebrecht e vai à Justiça Federal exigir apuração dos fatos
Prefeito campinense diz que autorizará a quebra de seus sigilos e vai exigir aprofundamento das investigações sobre o caso
Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira, 23, o prefeito Romero Rodrigues (PSDB), de Campina Grande, diz não reconhecer seu nome numa possível lista de políticos que teriam recebido propina da construtora Odebrecht, em 2014. “Trata-se de uma informação cavilosa e improcedente e que terá de minha parte uma reação firme e enfática contra os responsáveis por esse absurdo inominável”, declarou Romero.
O prefeito campinense, que se encontra em viagem oficial a São Paulo, anunciou que, na próxima segunda-feira, 28, fará uma visita à Justiça Federal. Na oportunidade, não apenas se colocará à disposição da Justiça, como também exigirá que se investigue a fundo o fato e se esclareça o envolvimento de seu nome numa lista comprometedora da Odebrecht.
– Não conheço ninguém dessa empresa ou de qualquer grande construtora nacional envolvida nesse escândalo e desafio a quem quer que seja a provar a mínima vinculação de minha parte com qualquer ato desabonador em minha vida pública – reforçou Romero Rodrigues.
Principal interessado na investigação
Assegurando ser agora o principal interessado que se investigue a fundo a inclusão de seu nome nessa possível lista, o prefeito campinense observa que, no citado documento, são apontados alguns dados, no mínimo, questionáveis.
Em 2014, observa, não foi candidato a qualquer cargo público, portanto não tem sentido se imaginar q ue ele teria sido contemplado com qualquer tipo de dinheiro sujo como postulante a mandato. “Aliás, nunca recebi recurso dessa empresa como candidato a vereador, deputado estadual, deputado federal ou prefeito”, ressaltou.
Além do mais, salta aos olhos, de acordo com o prefeito, o fato de que, em Campina Grande, em sua gestão, não exista uma só obra da Odebrecht ou de qualquer empresa do grupo, que pudesse justificar qualquer benesse a agente público, segundo a lógica da Operação Lava Jato.
ASSESSORIA DE CÍCERO
Sobre a inclusão do nome do ex-senador Cícero Lucena em planilha de doações da Odebrecht é importante esclarecer:
1) Candidato a prefeito de João Pessoa em 2012, Cícero Lucena não recebeu nenhuma doação da referida empresa.
2) O ex-senador ressalta ainda, que não conhece ou jamais solicitou qualquer tipo de doação de campanha a empresa Odebrecht.
3) Todos os seus doadores foram devidamente declarados e fazem parte da sua prestação de contas, aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral e disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral.
4) Se houve doação, esta foi feita na forma da lei e diretamente ao Diretório Nacional do PSDB, que também declarou à Justiça Eleitoral.
5) Cícero renova que como senador, jamais manteve algum tipo de relação com a Odebrecht. Nunca destinou emenda parlamentar para realização de obra pela empresa e não integrou nenhuma CPI no Senado Federal.
6) Como prefeito de João Pessoa, por dois mandatos, a Odebrecht não realizou nenhuma obra na sua gestão.
7) Cabe informar que o ex-senador não disputou nenhum cargo eletivo na eleição de 2014.
8) O ex-senador defende a soberania e independência das instituições e a livre apuração de todos os fatos.
João Pessoa, 23 de março de 2016
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