Enquanto a Prefeitura de João Pessoa reuniu a tropa de choque e encaminhou 11 secretários para a reunião da Comissão de Políticas Públicas na Câmara Municipal, a bancada de oposição recarregou a artilharia e partiu para o ataque na reunião em que foi apresentado um relatório da Caixa Econômica Federal sobre a obra da Lagoa, nesta segunda-feira (25).
Em minoria, os opositores estavam dispostos a apanhar, e não é no sentido figurado que eu falo. Tinha vereador doido para levar um tapa de algum governista.
As provocações para que atritos físicos acontecessem não foram poucas. Extrapolando os limites do bom senso, governistas e oposicionistas trocaram gritos tentando impor suas vontades no parlamento, mas os opositores estavam bem mais entusiasmados com a chance de tumultuar a reunião.
Zezinho do Botafogo foi um dos que mais gritou, afirmando que a CMJP “não é casa de Mãe Joana”, o socialista deve ter saído da Casa para fazer uns gargarejos, não há garganta que agüente tantos gritos.
Felipe Leitão partiu para cima de Marco Antônio, logo no inicio da reunião, ainda rolou uma tapa, mas, por muito pouco, não foi no vereador. Felipe mirou com papeis em Marco.
Renato entrou no plenário com um bolo confeitado com a palavra ‘parabéns’, ironizando a falta de reunião da comissão que nesta segunda estava tão badalada. Por pouco o bolo não lambuzou o encontro. Em meio a gritos e a um coro oposicionista de ‘parabéns para você’, Djanilson da Fonseca deu um jeito de tirar o bolo da mesa e evitar uma eventual torta na cara de algum parlamentar.
O Professor Gabriel, que já infartou no início de mandato, não agüentou a pressão da oposição e acabou escorregando na ‘casca de banana’ de Raoni Mendes. Se comportando como em um colégio primário, o Professor deu um empurrão no oposicionista e disparou um palavrão. A turma do deixa disso teve que agir, os seguranças e outros vereadores agiram para evitar um incidente maior.
Depois do episódio, como aqueles meninos provocadores da escola, Raoni não conseguia esconder do semblante a satisfação em tirar o colega do sério. É verdade que se o parlamento municipal tivesse a seriedade de algumas escolas, a atitude do professor não seria aceita, nem a do resto da turma, mas como na Casa não existe Conselho de Ética, o episódio de hoje fica registrado como mais um vergonhoso, aos que têm vergonha.
Nunca vi um poeta tão bravo como Bruno Farias nesta segunda. Ele por diversas vezes cobrou o que entendia ser o seu direito e do lado de João Almeida não temeu a reação do colega aos fervorosos questionamentos com a fala e a mão gesticulando sobre o governista.
Dos vereadores que lá estavam, o único que não participou dos debates acalorados foi Santino, como sempre: ele entrou, sentou no meio do plenário, ouviu atentamente tudo, não falou nada e tentou entender alguma coisa.
No demais: veja o vídeo do que os vereadores acham não ser s ‘Casa de Mãe Joana’
Écliton Monteiro
@politicaetc