A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizou, nesta terça-feira (05), o lançamento do projeto Rede Intelicidades, originada de uma parceria entre a Escola do Legislativo da Câmara Municipal, o Gabinete do vereador Lucas de Brito (Livres/PSL) e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O evento contou com a participação do professor doutor Guido Lemos, que fez uma explanação sobre a importância do investimento em ideias inteligentes para o aperfeiçoamento das políticas públicas.
“Quando as soluções nascem no meio acadêmico local é interessante porque as próprias pessoas que vivem aqui e que conhecem os problemas da cidade que irão resolver as questões de João Pessoa”, defendeu o professor durante a apresentação do projeto. O aspecto econômico também foi ressaltado pelo pesquisador, que lembrou que a grande estrutura das universidades pode ser revertida numa estrutura visando a encubar empresas na área de inovação e, desse modo, gerar recursos.
Para o vereador Lucas de Brito, presidente da Frente Parlamentar que acompanha o Plano de Ação João Pessoa Sustentável, o tema das cidades inteligentes precisa ser pensado, tanto quanto possível, de forma conjunta com os recursos de U$ 100 milhões de dólares que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai disponibilizar para o planejamento de longo prazo da capital paraibana, referentes à Iniciativa de Cidades Emergentes e Sustentáveis (Ices), em parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF).
“A Câmara quer funcionar como uma facilitadora entre a universidade, a gestão pública municipal e a sociedade civil organizada. Esses atores precisam estar juntos na formatação de uma cidade cada vez mais tecnológica, moderna e contemporânea, de modo que possa absorver experiências bem-sucedidas de outras cidades pelo mundo e pelo Brasil”, avaliou o primeiro vice-presidente da Casa Napoleão Laureano. “As universidades são ricas em pesquisadores e o conhecimento produzido precisa se transformar em políticas públicas ou melhorar as existentes”, continuou.
Rede – Segundo o diretor da Escola do Legislativo da CMJP, Rômulo Santana, a ideia da Rede Intelicidades surgiu a partir da compreensão da necessidade de utilização de tecnologias para o desenvolvimento de políticas públicas. “A partir disso, entramos em contato com a UFPB para montarmos um grupo com a Câmara Municipal e chegamos ao nome do projeto, que se presta a realizar fóruns multidiciplinares para problematização das dificuldades e encontrar soluções para os problemas relacionados às políticas públicas do Município”, explicou. Nesses eventos devem estar presentes os gestores públicos, o legislativo municipal, pesquisadores e empreendedores, sendo estes últimos os profissionais que podem desenvolver esses conceitos, ideias e soluções. Entre as principais áreas estão: Saúde, Segurança, Educação, Mobilidade Urbana e Turismo.
Além do acompanhamento pelo legislativo municipal, através do desenvolvimento de ideias e conceitos trazidos pela população, há a possibilidade de utilização dos meios formais para a aplicação dessas sugestões, como formulação de projetos de lei e propostas oriundas do Executivo. “O próximo passo seria o desenvolvimento de ferramentas que podem ser serviços, aplicativos ou startups para a resolução desses problemas”, destacou Rômulo.
O grupo se prepara agora para a realização do primeiro Fórum Multidisciplinar que acontece no dia 28 de fevereiro de 2018, no Auditório do Centro de Tecnologia da UFPB. Esse será o primeiro momento em que todos os atores possam estar presentes para discutir a problematização dos temas. Até esta data, a sociedade será informada de como poderá participar de modo mais engajado no processo é até mesmo se filiar à Rede Intelicidades.
Também integram a Rede Intelicidades: Lebiam Silva (CE/DHP – LEPPI), Ana Elvira Torres (CE/DHP), Fábio Borges (CT/LADEPI), Danielle Silva (CI/DSC- Lumo), Eudisley Gomes (CI/DSC- Lumo), Sinézio Maia, Diego Cavalheiro e Felipe Araujo (todos do Sala de Ações).
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