O ex-ministro e ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) foi preso pela Polícia Federal nesta terça-feira (6) em um desdobramento da Operação Lava Jato. Batizada de “Manus”, a ação da PF apura atos de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro envolvendo a construção da Arena das Dunas, o estádio de Natal que recebeu jogos da Copa do Mundo de 2014.
Em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal, a polícia afirma que o estádio teria tido um sobrepreço de R$ 77 milhões. Em julho do ano passado, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) já havia verificado o superfaturamento. Na ocasião, e equipe técnica do tribunal sugeriu que, se os pagamentos referentes ao estádio continuarem a ser realizados, os danos aos cofres públicos chegariam a R$ 457 milhões em 15 anos.
Ex-ministro do Turismo dos governos Dilma Rousseff (2015-2016) e MIchel Temer (2016), Henrique Alves, que comandou a Câmara entre 2013 e 2015, é alvo de um dos cinco mandados de prisão preventiva que foram expedidos hoje pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte. A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa do ex-ministro a respeito da operação desta terça-feira.
A PF também cumpre um mandado de prisão contra outro ex-presidente da Câmara: o deputado federal cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso em Curitiba desde o final do ano passado.
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