O ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), foi denunciado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco), no âmbito da Operação Calvário, como líder de um esquema criminoso utilizando o Laboratório Industrial Farmacêutico da Paraíba (Lifesa) para lavagem de dinheiro.
De acordo com a denúncia, a delatora Livânia Farias, relatou que o esquema para usar Lifesa era visto como a ‘galinha dos ovos de ouro’. “Em conversa com Daniel Gomes, em 2012, Daniel querendo muita coisa no Estado, ele enxergou que o LIFESA segundo ele era um órgão que se podia ganhar muito dinheiro . Ele achava que essa história do LIFESA era a galinha dos ovos de ouro, porque tinha tudo pra, porque se fosse vender se vende muito medicamento saneante ao governo do Estado, e se vendia por um preço menor e mesmo assim se
ganhava muito dinheiro”, disse Livânia em delação sobre a conversa com o chefe da Organização Social Cruz Vermelha, pico da Operação.
Segundo a denúncia, Ricardo Coutinho impôs como condição a sua participação no negócio, o que teria surpreendido Daniel, por não seguir o padrão das negociações anteriores (pagamento de propinas mensais). Ficou estabelecido que Ricardo ficaria com direito a 5%. (cinco por cento) das ações do laboratório, determinando que tudo fosse operacionalizado por seu irmão, Coriolano Coutinho.
Além de Ricardo, a sua esposa Amanda Rodrigues, que era secretária de Finanças do Estado em sua gestão, também foi denunciada.
O irmão Coriolando Coutinho, o ex-procurador Gilberto Carneiro, Waldson de Souza, Maurício Rocha Neves, Aluísio Freitas de Almeida e Daniel Gomes, chefe da Cruz Vermelha, também foram denunciados.
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