O jornalista Janildo Silva, secretário Executivo de comunicação da Capital, está em tratamento para Covid-19, isolado em casa. Ele postou nas redes sociais as dificuldades enfrentadas e chamou a atenção para a participação popular no enfrentamento a pandemia. Veja:
Estou no sétimo dia de isolamento forçado graças ao novo coronavírus. A COVID-19, além de provocar sintomas terríveis no meu corpo (febre, diarreia, dor de cabeça e cansaço), me obrigou a ficar trancado. Quando digo trancado, não é só “trancado em casa”, é “trancado no quarto”! Ok, quarto, varanda e banheiro…
Não estou aqui me queixando. Afinal, tenho 46 anos e vários colegas da minha idade evoluíram para quadros graves da doença. Alguns nem voltaram, mas guardadas as devidas proporções, entre as dores que a COVID-19 provoca, a solidão é uma das que mais tenho sentido.
Com toda razão, você vai dizer que isso é uma bobagem e que estamos em plena era das comunicações digitais. Qual a dificuldade de fazer uma chamada de vídeo? Nenhuma, mas ninguém tem saco pra ficar conversando toda hora por vídeo. Sem falar que pra ligar a pessoa precisa ter assunto e tá difícil nesse isolamento falar de outra coisa que não seja Covid.
Essa solidão toda acaba me obrigando a acessar as redes sociais e aí é que a coisa fica feia! Vivemos tempos estranhos, em que aqueles que aceitam fatos científicos são tratados como paranóicos. Já os negacionistas se sentem constitucionalmente livres para ocupar a areia da praia, alugar cadeiras (se apropriando de uma área pública) e mandar dois decretos para a pqp. Simplesmente porque o “mito” não usa máscara… Ora, Janildo, você é contra o direito do cidadão trabalhar? Não! Sou a favor da vida e se seu trabalho ameaça vidas, está na hora de buscar outra solução.
Todo este caos me faz chegar a duas conclusões. Quando religião e política se misturam os problemas são inevitáveis, mas quando os políticos resolvem ser cientistas a tragédia é garantida.
@politicaetc