A deputada estadual Estela Bezerra (PSB), que chegou a ser presa na 7ª fase da Operação Calvário, tem sua atuação colocada sob suspeita pelo Desembargador Ricardo Vital de Almeida em seu despacho que autorizou a operação nesta terça. Ele destacou a ligação de Mayara de Fátima Martins de Sousa com a deputada, Mayara foi chefe de gabinete de Estela e assumiu postos de comando no Governo do Estado e na Cruz Vermelha que são investigados pelo Gaeco na Calvário.
“Foi contratada (Mayara) como secretária-geral da filial da Cruz Vermelha Brasileira (CRV/PB) na Paraíba, assumindo, logo após, a presidência da CVB/PB, o que teria servido para apoiar as pretensões de ESTELIZABEL. No âmbito da CVB/PB, MAYARA DE FÁTIMA teria promovido diversos eventos em apoio à candidatura de ESTELIZABEL, além de supostamente ter atuado na vinculação do PARAÍBA DE PRÊMIOS com a referida entidade, sendo necessário, por conseguinte, desvendar o grau da autonomia de suas condutas (mormente por haver indícios de ser interposta pessoa da referida deputada) e também verificar se os recursos por ela recebidos foram utilizados, ainda que indiretamente, pela autoridade com prerrogativa de foro”, aponta o despacho judcial.
A peça cautelar apresenta um contrato de assessoria e consultoria, datado de 01/08/2019, firmado entre a deputada e a Exata Consultoria, Ensino e Soluções, representada, no ato, Mayara.
De acordo com a denúncia, Mayara, na condição de Secretária-Geral da CVB/PB, integra, pessoalmente,
organização criminosa como uma dos responsáveis pela supervisão de venda de títulos de capitalização para ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação de recursos desviados pelo grupo denunciado na Operação Calvário
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