No último sábado (1) o Politica&etc mostrou que o Ortotrauma de Mangabeira (Trauminha), referencia para o atendimento ortopédico na cidade de João Pessoa, estava sem gesso para mobilizar os pacientes que necessitavam de atendimento.
Hoje (6) o Conselho Regional de Medicina na Paraíba (CRM-PB) no Ortotrauma de Mangabeira (Trauminha) divulgou o resultado de uma nova inspeção feita no hospital. Segundo o relatório o CRM-PB constatou melhorias, mas ainda identificou inconformidades, como a falta de materiais básicos (luvas cirúrgicas e fios de sutura) e medicamentos, além de danos na estrutura do prédio que comprometem o exercício da medicina e o ambiente de trabalho.
A vistoria foi realizada pelo diretor do Fiscalização e o médico fiscal, Márnio Solermann Silva Costa, para apurar denúncias sobre a falta de materiais para realização de cirurgias e a suspensão dos procedimentos. Apresentado e aprovado na reunião de diretoria do CRM-PB no último dia 3 de maio, o relatório aponta que o baixo estoque de insumos provocou a suspensão de cirurgias de relativa urgência por falta de materiais.
“Encaminhamos do cópias do relatório da fiscalização para a Secretaria Municipal de Saúde e Direção Técnica da unidade e solicitamos um cronograma para providências imediatas de reabastecimento de insumos em até 7 dias corridos”, disse o diretor do Departamento de Fiscalização do CRM-PB, Bruno Leandro de Souza.
Resultados da inspeção
A vistoria identificou que a passarela de interligação dos blocos continua interditada por recomendação anterior do CRM-PB. “Verificamos que o hospital está passando por várias reformas em pontos críticos já apontados pelo Conselho para garantir o exercício seguro do ato médico. Alguns setores estão com as obras quase finalizadas”, destacou o diretor.
Na unidade ‘Ortotrauma’, foi constatado que a ala de enfermaria da clínica médica está em reforma. No repouso médico (ortopedia/bucomaxilofacia), não há lençóis, existem infiltrações, o vaso sanitário está com defeito e, o frigobar, enferrujado. Já no repouso médico da cirurgia geral, os colchões estão com cobertura rasgadas e há infiltração no teto.
Conforme o relatório, o bloco cirúrgico tem três salas em atividade, com equipamentos em geral disponíveis, mas não disponibiliza gorros ou tocas descartáveis e está com a porta da cabine do sanitário quebrada. O consultório cirúrgico do pronto-atendimento está interditado devido infiltrações.
Já o setor de Raio X dispõe de películas e de equipamento digital novo, porém dependendo de instalação e disponibilização de terminais nos consultórios.
Além disso, foi identificado que o bloco cirúrgico da unidade ‘Humberto Nóbrega’ está com as atividades suspensas por causa de uma reforma. Na farmácia, a equipe constatou a indisponibilidade de diversos medicamentos e de materiais como cateter e sondas.
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