Em sua última sessão destinada a colher depoimentos, a CPI da Covid-19 aprovou uma nova convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta quinta-feira (7).
O vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), defendeu a convocação e afirmou que decorre da ausência de respostas de Queiroga aos questionamentos feitos e encaminhados pela CPI na terça (5/10). Na ocasião, a comissão definiu prazo de 48 horas para que o ministro esclarecesse questões como o abandono do uso da Coronavac para 2022, além do detalhamento do estoque de imunizantes contra a Covid-19 no país e o planejamento para imunização dos brasileiros no próximo ano.
Outro ponto levantado pelo senador para sustentar o retorno do chefe da Saúde é a retirada de pauta da votação sobre o uso de remédios do chamado “tratamento precoce” para pacientes de Covid-19, prevista para esta quinta-feira na Comissão de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).
O primeiro depoimento de Queiroga à CPI da Covid aconteceu em 6 de maio. Na ocasião, o ministro evitou responder sobre alguns temas, entre os quais cloroquina, tratamento precoce e declarações de Bolsonaro sobre a pandemia, o que irritou os senadores da comissão.
O segundo depoimento aconteceu um mês depois, em 8 de junho. Novamente questionado sobre temas como cloroquina, disse que essas discussões são “laterais”.
Viagem aos EUA
Queiroga chegou ao Brasil no último dia 4, após ter viajado com o presidente Jair Bolsonaro para Nova York (EUA), onde Bolsonaro discursou na Assembleia Geral das Nações Unidas.
A viagem foi marcada pelo fato de Queiroga ter contraído Covid e pelo gesto obsceno do ministro da Saúde em direção a pessoas que se manifestavam contra Bolsonaro.
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