Durante a reunião, dez integrantes da Executiva Nacional do Cidadania votaram a favor da federação com a legenda do governador paulista e pré-candidato João Doria, enquanto dez foram contrários à união com os tucanos. Um membro se absteve.
Também com placar apertado, nove membros foram favoráveis à federação com a sigla do ex-juiz e pré-candidato Sergio Moro e 11 votaram contra a união com o Podemos. Houve uma abstenção.
Ao analisar a eventual federação com o PDT, oito integrantes da Executiva do Cidadania votaram a favor, 11 foram contrários e dois se abstiveram.
Após as votações, os membros da direção da legenda decidiram convocar reunião do diretório nacional do Cidadania para o dia 15, quando o partido deve decidir com qual legenda caminhará junto nos próximos quatro anos.
Com bancada menor na Câmara, o Cidadania pode ficar sem tempo de propaganda na rádio e na televisão e sem acesso aos recursos do fundo partidário nas eleições dos próximos anos caso não consiga eleger pelo menos 11 deputados federais em 2022. A aliança com outras legendas poderia aumentar as chances de atingir a cláusula de desempenho.
Na semana passada, a direção tucana deu aval, por unanimidade, para que a sigla avance nas negociações de federação partidária com o Cidadania.
“Temos um levantamento preliminar que indica que essa federação com o Cidadania é bem-vinda. Precisamos avançar agora no regramento para essa convivência. O Cidadania tem sido parceiro importante do PSDB e há convergência política tanto em eleições quanto na atuação no Legislativo”, afirmou o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo.
Com a eventual união, o comando do PSDB pretende dar a largada para negociações que possam fortalecer a pré-candidatura de Doria ao Palácio do Planalto.
Ontem, a Executiva Nacional do Podemos também deu sinal verde para que a direção do partido mantenha as conversas com a legenda presidida por Freire. O objetivo, segundo nota da sigla comandada por Renata Abreu, é “unir a terceira via e fortalecer a construção de um projeto sólido e plural de Brasil”.
“Esta é uma etapa importante para a consolidação de uma nova frente unida pelo o futuro do Brasil, que poderá congregar uma única e forte candidatura à presidência, com convergência de ideias e de princípios, transformando em realidade a tão desejada expectativa de um Brasil justo para todos”, disse o comando do Podemos, em nota enviada à imprensa.
O novo modelo de aliança vai permitir que os partidos se aliem na disputa eleitoral, de forma similar como ocorria com as coligações, mas com a condição de que atuem juntos pelos próximos quatro anos, não apenas durante as eleições. A modalidade é uma alternativa para sobrevivência de partidos menores que, se não conquistarem um percentual mínimo de votos nas eleições para Câmara, não terão acesso a recursos do fundo partidário e a tempo de rádio e TV.
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