A Justiça da Paraíba condenou o corretor de imóveis, Gustavo Teixeira Correia, acusado de matar o taxista Paulo Damião, a 16 anos de prisão. A sentença foi lida na noite desta quarta-feira (23), pela juíza Aylza Fabiana Borges Carrilho.
Gustavo foi condenado a 14 anos pelo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima, somados 2 anos do porte ilegal de arma. O corretor irá cumprir pena em regime fechado.
A juíza deixou registrado descontentamento com a defesa, que insinuou parcialidade da Justiça. A magistrada disse que o debate da defesa foi “no mínimo deselegante”.
A advogada de defesa, Érika Bruna, afirmou que deve recorrer da decisão.
Já o advogado de acusação, Getúlio Souza, disse que esperava uma sentença maior, porém tem a sensação de justiça, mesmo analisando que a sentença foi baixa.
Durante o júri popular, Gustavo Teixeira Correia chegou a mencionar que atirou porque pensou que a vítima fosse pegar uma arma ao se movimentar dentro do carro.
O caso
A Polícia Militar da Paraíba informou à época que, em fevereiro de 2019, o corretor de imóveis Gustavo Teixeira Correia, de 42 anos, estava bêbado e era levado para casa por um motorista de transporte por aplicativo. No entanto, ao chegar perto do seu destino, se irritou com um taxista que estava demorando para manobrar um veículo.
De acordo com o coronel da PM, Lívio Delgado, o suspeito reclamou com o taxista, que respondeu à reclamação com um xingamento, após fazer uma manobra em uma rua no bairro do Bessa. O homem desceu do carro em que estava e atirou seis vezes contra a vítima, fugindo a pé em seguida para a casa dele, onde se trancou no local com a esposa.
O taxista Paulo Damião era casado e pai de dois filhos: uma jovem de 20 anos e um menino de 8. Segundo o irmão, Paulo nunca tinha se envolvido em confusões no trânsito, mesmo estando diariamente dirigindo o táxi.
A Polícia Militar informou ainda que o acusado teria curso de tiro. O homem foi autuado em flagrante por homicídio doloso mas, segundo a delegada Roberta Neiva, a arma do crime não foi encontrada.
Um dia após o crime, o acusado passou por uma audiência onde foi decretada a prisão preventiva. O corpo do taxista Paulo Damião dos Santos, de 42 anos foi enterrado sob forte comoção de amigos, parentes e colegas de profissão no dia 17 de fevereiro de 2019, em João Pessoa.
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