O capítulo final da novela das eleições para o Senado na Paraíba teve um grande desfecho e não deixou espaço para novas temporadas. Cheio de emoções, com mocinhos, vilões, reviravolta e surpresas, esta disputa que iniciou no ano passado terminou sem deixar dúvidas sobre a vitória de Efraim Filho (União Brasil), que ganhou no voto.
Depois de romper com o governador João Azevêdo (PSB), a aproximação de Pedro Cunha Lima (PSDB) na oposição trouxe para Efraim a sombra da dúvida sobre alguns de seus aliados. Com o caminho aberto para retornar para base aliada, com a desistência de Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) em disputar o Senado, o senador eleito bradava: “foguete não dá ré” e acabou dando certo.
Outro ponto de destaque é a desmoralização de Ricardo Coutinho (PT), apontado pelas pesquisas como o mais votado e cultivando a soberba que lhe é característica, a vitimização não colou entre os eleitores e o petista acabou tendo mais uma grande derrota e nem adianta ficar esperneando na justiça, como pretendia fazer. Sem o registro de candidatura por inelegibilidade, Ricardo foi candidato sub judice e, se tivesse voto suficiente para ser senador, teria que ganhar na Justiça a autorização para assumir o mandato.
Pollyana (PSB), o fator surpresa do governo, que apareceu de última hora na disputa e figurou como a mocinha desta novela, passou Ricardo no voto, mas faltou tempo para campanha e voto para alcançar Efraim. Ela abriu mão de uma vaga quase certa na Assembleia para entrar na disputa pelo Senado.
Sérgio Queiroz (PRTB), que iniciou a campanha querendo dissociar seu nome do sacerdócio, não conseguiu manter a distância da campanha de seu ministério pastoral, que o diga as igrejas. Aproveitando o slogan dele, acho que o Pastor Sérgio achou graça na política e já há quem veja a possibilidade dele voltar a disputa eleitoral nas eleições de 2024.
Dos nanicos, o destaque ficou com Manoel Messias do PCO, o Partido da Causa Operária que teve vergonha do operário que escolheu para disputar o Senado e escondeu o candidato dos debates. O detalhe é que Manoel é o que mais se parecia com o povo, um trabalhador simples e assalariado, mas neste mundo político até o partido que diz ser dos operários não se interessa pelo perfil de quem não conseguia uma folga no trabalho para poder dar entrevista durante as eleições e assim os operários seguem sem a própria voz, simples assim.
@politicaetc