O ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga criticou o retorno do programa Mais Médicos, anunciado pelo governo Lula (PT). Através de uma publicação no seu Instagram, Marcelo taxou a volta do programa como um “retrocesso”.
“O Programa Médicos pelo Brasil foi instituído para resolver a precarização do trabalho médico. Todos os médicos contratados pelo PMPB, tinham vínculo CLT. Ou seja, com perspectivas de o médico se ficar na área remota. Mas, os atuais plantonistas, querem novamente os intercambistas, ou bolsista, sem qualquer vínculo com o SUS. O enterro do PMPB é destruir a ADAPS, para não colocar nada em seu lugar”, escreveu o ex-ministro.
Quem também criticou a volta do programa foi o também ex-ministro da Saúde, Luiz Mandetta, que afirmou que o governo do PT não deve ignorar todo o trabalho que foi feito no debate sobre o Mais Médicos, principalmente por conta das judicializações que o programa tinha.
“Fizemos um debate que envolveu as secretarias municipais e estaduais, vimos os principais pontos, tinha muita judicialização e fizemos uma lei, uma Medida Provisória, criando programas, criando carreira, criando vínculo, que é bolsa, com carteira assinada, CLT, dando as garantias da seguridade social para as pessoas na integralidade”, disse o médico.
Segundo Mandetta, antes dessas mudanças, o programa pagava quase R$ 13 mil por cada profissional para a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), e os médicos que estavam atuando no Brasil recebiam apenas R$ 1.200, independentemente do local de atuação. Depois, segundo o ex-ministro, isso foi alterado e os médicos passaram a receber mais para ir aos chamados “fundos de vale”, regiões da Amazônia ou Pantanal.
Confira a publicação de Marcelo Queiroga:
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