O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social informou nesta terça-feira (18) que excluiu do Cadastro Único 603.827 mil pessoas que, mesmo mortas, ainda constavam do sistema.
Em março, quando o Bolsa Família foi relançado, o governo Lula informou que faria a revisão dos dados dos beneficiários para identificar quem estava recebendo o pagamento de maneira indevida. A previsão do governo é concluir a revisão até dezembro.
Na ocasião, o governo informou ter indícios de que 2,5 milhões de beneficiários estavam irregulares.
E o próprio ministro Wellington Dias chegou a anunciar, em uma entrevista coletiva, que 1,4 milhão de famílias já seriam excluídas da folha de pagamento de março por irregularidades como: renda acima do permitido; e descumprimento das regras sobre famílias de uma pessoa só.
No evento de relançamento do Bolsa Família, o presidente Lula cobrou fiscalização para que pagamentos irregulares sejam coibidos. Integrantes do atual governo entendem que a gestão Jair Bolsonaro afrouxou as regras do programa e, na prática, levou milhões de pessoas a receber indevidamente o pagamento.
Ainda na campanha eleitoral do ano passado, o então candidato Lula afirmava que, se eleito, iria mudar as regras do programa, incluindo, por exemplo, a obrigatoriedade de as crianças filhas de beneficiários frequentarem a escola e estarem com o cartão de vacinas em dia – essas exigências foram retiradas na gestão Bolsonaro.
Em um balanço também divulgado nesta terça-feira, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social informou que 1,3 milhão de beneficiários foram incluídos no Bolsa Família desde março deste ano.
Segundo o ministério, a inclusão dessas famílias é resultado da chamada “busca ativa”, que consiste ações do governo federal (por meio da destinação de recursos) e dos municípios (com busca nas comunidades) para que pessoas com direito ao benefício sejam contempladas.
De acordo com o governo, foram incluídas no Bolsa Família desde o relançamento do programa:
março: 694.424 famílias;
abril: 113.843 famílias;
maio: 200 mil famílias;
junho: 300 mil famílias.
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